No dia em que o Fado poderá tomar o lugar de património imaterial da Humanidade, eu questiono-me, onde anda esse fado. O verdadeiro Fado. É que é verdade que estamos em crise e isso é suficiente para que haja mais motivo para se cantar a triste sina do Povo à moda de Alfama, mas será que o Fado continua o mesmo?
Hoje em dia eu vejo miúdos a cantar Fado como se tivessem vivência para perceber o que cantam, mas todo o "espectáculo" não passa de fachada. O Fado voltou a ser moda! Não sei se pela maior curiosidade de todos os turistas que visitam Lisboa ou por causa deste ciclo vicioso que são as modas. O que é certo é que eu não me lembro de haver tanta entrevista com fadista, tanto CD e álbum editado como é agora.
E sim, é óptimo que o fado continue a crescer, a sobreviver às gerações. Mas será que com toda esta massificação, não irá acontecer ao fado o mesmo que aconteceu a muitos outros estilo da "música do mundo" e perder qualidade?
Volto atrás e penso: como será que aquele puto de 12 anitos sabe o que é ter "a Maria a morrer-me nos braços".
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